tag:blogger.com,1999:blog-68788234266624213362024-02-08T14:19:21.410+01:00O nome d'...Tudo que aconteceu de importante será dito.Mas tudo ainda não aconteceu.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comBlogger247125tag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-37344019803087042052020-07-15T21:43:00.001+02:002020-07-15T21:43:20.713+02:00Excesso. Talvez esse seja o nome de tudo o que falta. De tudo o que me falta.<br />
Mas não me falta muita coisa.<br />
Apenas o supérfluo. Falta não saber.<br />
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Acordo cedo, dedico a primeira hora do dia para fazer absolutamente nada. Depois, me levanto e passo aspirador na sala. Bebo água.<br />
Não fiquei neurótica com limpeza, mas é que percebi que sem limpar, o chão se tornava impossível. Aliás, a sujeira da casa - grande<br />
descoberta.<br />
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Passo à ioga: não me orgulho, mas a escoliose me mataria se não fizesse qualquer coisa. Preciso me esticar. Segunda grande descoberta: exercícios de respiração fazem toda diferença ( 7 minutos). Banho, skincare, café.<br />
suco detox. <br />
<br />
Duas horas escrevendo, lendo, escrevendo - cérebro ativo, feliz, vivo. Como tenho pena das pessoas que não tem a leitura e os livros. Não, não tenho pena. Não sei mais o que sou capaz de sentir pelas pessoas, especialmente as diferentes. Não consigo deixar de pensar que, apesar de tudo, o mundo que virá será, pelo menos, mais vazio.<br />
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Cozinhar. Comer, dormir.<br />
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Mais café. Chá.<br />
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AS besteiras que pagam meu salário, são tantas. <br />
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Ler ficção. Vinho ( dia sim,dois dias não - foi o acordo que fizemos eu e eu).<br />
<br />
um cigarro ( ou mais. Mas fumo tão pouco que é mesmo só por charme - viciados me invejam).<br />
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creme noturno ( haha, afinal?), escovar dentes.<br />
dormir.<br />
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<br />caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-23395858002003427422020-07-14T23:55:00.000+02:002020-07-15T21:28:02.771+02:00"Em belo horizonte, cercados por montanhas, somos fundidos a ferro e fogo. Montanhas, ferro, pedras, minério - transforma-nos em seres rijos, pensantes e mais cruéis. Ainda o amor é transformado pela paisagem em algo cerebral, uma ávida cerebralização de ternura que não afasta a solidão: antes, exarceba-a mais ainda. Eu não seria hoje o que sou se não fosse mineira. A Minas devo meu caráter introspectivo, minha busca constante do absoluto e a disciplina que consigo me impor quando o desejo, essencial ao estudo e à criação. E conservo mesmo certo desprezo pelos filhos de outras paisagens amenas, porém lassas."<br />
<br />
Essa alegria de reconhecer-se na escrita de outrem. Não completamente, nunca.<br />
Mas o suficiente para por no rosto um meio sorriso.<br />
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<br />caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-37416782563847713362020-05-06T18:16:00.000+02:002020-05-06T18:16:02.553+02:00transformar a liberdade em dever - não por um deus-, mas pela beleza de internalizar o cativeiro: estar para sempre afastado do real derradeiro.<br />
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- sério que você está lendo Kant DE NOVO? caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-57208226972970791912020-05-05T15:00:00.004+02:002020-05-05T15:00:43.107+02:00Da luz para as sombras e dentro, na escuridão, cada vez mais escuro, sombrio e sem saída. a questão é, parafraseio Petrarca: entre o céu nublado e um ceú sereno , a diferença é a luz em um escondida, no outro desvelada. A luz não tem uma origem. A luz é ilusão necessária, mas é da ausência e da desgraça que se parte para, criando a ilusão da luz, voltar a criação pra si e então ver.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-45200518009595533932020-05-01T16:11:00.000+02:002020-05-01T16:11:00.980+02:00Não há lado bom na pandemia. <div>
Concordo. </div>
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Sair disso não é voltar, é seguir em frente: num outro normal, novo, provavelmente pior. </div>
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Mas estou num mergulho intenso numa experiência de enfrentamento com a alteridade mais radical possível: amar. </div>
caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-39497850873938225962020-04-18T17:25:00.001+02:002020-04-18T17:25:23.319+02:00O mundo das emoções exige uma racionalidade modulada a partir de uma equação difícil entre experiência e plasticidade. Por exemplo: por definição, tédio e ansiedade não deveriam se justapor, nem se conjugar: deveriam se comportar como óleo e água.<br />
Acontece bem o oposto.<br />
Há circunstâncias em que é possível estar absolutamente entediado e enlouquecidamente ansioso. E não é como uma elegante despreocupação que essa amalgama bizarra se instala. É como se um jovem caçador de raposas encontrasse um rinoceronte.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-1649981596790806992020-04-13T16:33:00.001+02:002020-04-13T16:33:09.470+02:00corpo febril, cabeça-dor infinita, ventre cheio de ar. Obscuridade do instante imediato expandida para trás e para frente: que futuro importa a partir desse presente?<br />
Todos os ruídos são premunições, são sonhos<br />
são desgraças.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-78917259653752213472020-04-06T18:23:00.003+02:002020-04-06T18:23:58.631+02:00vento quase frio entra pela janela e varre os pés como se fosse uma onda do mar... Por um momento, ainda adormecido, não se dava conta. Naquele momento, ele não sabia ou não se lembrava. <div>
Espreguiçou ainda.</div>
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Trinta segundos depois lembrou-se: a cabeça aberta, o pés feridos, o corpo dolorido, tudo era um sonho. Na realidade, e esse termo desde sempre confuso para quem se propõe a pensá-lo . havia meses que não era possível sair do pequeno conjugado. Toda sua vida era vivida dentro de trinta e oito metros quadrados. </div>
caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-89176553025421128042020-03-21T21:45:00.000+01:002020-03-21T21:47:56.489+01:00Então, o evento. Essa coisa tão perseguida pel<br />
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os historiadores, tão fugidia. De repente, você está dentro de um evento mundial. Quase sempre isso significa algo catastrófico e não é diferente nesse caso.<br />
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O evento, esse evento: muitos dias em minha mesa, a vida sem eira nem beira, olhando para as montanhas da janela do meu escritório, uma linda vista, com um sol que lança sobre os prédios e sobre as árvores um dourado quase sem presente. Ouço Beethoven. Leio. Converso com os amigos para compartilhar a impotência, a inutilidade e mesmo a irrelevância. O que vai acontecer conosco?</div>
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Muito pouco. E tudo já esta acontecendo. Esse é o evento. </div>
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tomo um chá inglês. FAz pouco tempo que descobri que, realmente, vale a pena pagar por um chá inglês. </div>
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Quase não consigo disfarçar o alívio de estar longe das aulas. Penso em escrever. Cuido do corpo. Fiz as unhas, vermelhas. Comprei água mineral, vinho, cerveja, ração para os gatos. </div>
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Agora é esperar: </div>
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a morte dos outros. A morte é única realidade. O evento sem ela, é uma ficção. A morte dará o peso e o valor do evento: A morte é a medida de sua importância. </div>
caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-74573082581097624282020-03-14T21:21:00.001+01:002020-03-14T21:21:07.540+01:00Quase morro quando me explicam um poema. Mas daí penso que não é possível fazer carinho nos olhos.<br />
<br />caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-29097331161887388512020-01-23T21:22:00.000+01:002020-01-23T21:22:11.530+01:00O que eu mais gosto de viajar é o silêncio. Muito silêncio. Mútuo silêncio.<br />
Sempre tive antipatia de Penélope. Sempre preferi Circe. Não gosto de tecituras. Sou mais de feitiços que não dão certo.<br />
Eu gosto de poesia e não suporto poetas, especialmente os vivos. é realmente uma pena que eles precisem viver em algum momento para escrever.<br />
O que eu mais gosto na virtude são suas falhas e por isso mesmo todos os virtuosos são insuportáveis.<br />
Não aguento mais quem ainda se acha no direito de se encantar pelo ato de nomear.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-22335812427656744572019-11-11T14:58:00.001+01:002019-11-11T14:58:33.019+01:00Não sou eu, não escrevo. Não limpo o chão em que piso, o banheiro que uso. Não lavo minhas roupas e não saio de casa para comprar minha comida.<br />
Cozinho, por vaidade.<br />
Por necessidade, para ganhar minhas migalhas, fecho os olhos, o coração, travo meu pescoço e coluna, os músculos do trapézio, e abro livros que alimentam a ilusão de que pessoas possam existir. Elas não podem, ninguém pode existir: apenas esse barulho da escavadeira do outro lado da avenida que tem nome de uma santa e, claro, não salva nem a si mesma, pode existir.<br />
E se eu continuo olhando para as coisas belas, é apenas por capricho. Sinto tanta repugnância e nojo dos que se dedicam a adiar o fim do mundo que, acho, devo mesmo ir para o inferno, de novo.<br />
<br />caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-3908126278393092322019-09-09T14:05:00.000+02:002019-09-09T14:05:10.952+02:00NA Mesopotâmia, não tinha fascismo. A violência tinha outras caras, outras palavras e gestos. A fome também era diferente, o deus gostava de silêncio e precisava de nós.<br />
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Agora, e já faz um tempo, é preciso encontrar o fio da meada em que respeitar é suspeitar: alegoria, senhor WB ?<br />
<br />
Revisito as profundezas e só encontro uma raiva pastosa. é como um enfermo que voltei a essa cidade, e é como doente terminal que sei que não há cura. Não é pelos outros, mas por mim, essa certeza de que tudo está abaixo e doente e vazio. A falta de compaixão vence a compaixão - porque em mim ela só existe abstratamente.<br />
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Deus não precisa de ninguém e nós fomos feitos sua imagem e semelhança.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-86974083019928751262019-08-03T16:47:00.000+02:002019-08-03T16:47:10.125+02:00beleza aracnídea, envelheço o hábito irônico diante das calamidades, são tantas, e aproveito ainda um tipo viril configurado num feminino corpo assustador pelas formas e cólera. Deixo os Orenocos dos corações humanos e subo rumo aos Andes, Bolívia, para habitar agora na casa que se chama Circe, que sou.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-58717558861599465202019-08-02T23:03:00.002+02:002019-08-02T23:03:52.382+02:00achei que tinha me perdido, eu, meu caderno que sou eu. Logo nesse momento em que preciso tanto de mim, que não tenho paciência para nada além de mim ( não é que seja exatamente uma exceção, normalmente só tenho tempo e paciência para mim). Não é egoísmo é autocentramento.<br />
Mas, de qualquer forma, nesse instante precisava muito de mim, aqui. E não estava conseguindo encontrar. Agora estou em minha casa, resistente como uma fortaleza.<br />
caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-79780539932113652252019-03-27T11:36:00.001+01:002019-03-27T11:36:49.426+01:00Sou aquele personagem interessante e desnecessário que há em todas as tramas. O que gera bons diálogos e tem um ponto de vista fascinante sobre tudo - o resultado de suas ações é destacadamente indiferente ao enredo.<br />
Desimportante demais para ser um herói. Impassível o bastante para não ser bandido.<br />
Aquele que viu e está vendo, mas foi esquivo o suficiente.<br />
Aquele que não vai morrer.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-42724539988271393352019-02-19T16:45:00.000+01:002019-02-19T16:45:01.145+01:00Ouço uma música do Beirut e começo a chorar. Ando muito sensível. Olho para o que tenho que fazer. Respiro e repito, fazer o que deve ser feito. Digito então as ideias que já cultivo como quem cuida da horta há muito tempo. caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-6930831358177343252019-02-12T16:59:00.001+01:002019-02-12T16:59:22.315+01:00O tempo está passando, fundamentação e desdobramento de sentido. Peça por peça, montando e desmontando a vidinha. Quero agora entender como a intencionalidade da consciência se tornou um problema pessoal e a incongruência que essa configuração supõe. Quero firmar as bases, mas também compreender porque tenho horror a elas. Quero dizer a todos que corremos em direção ao nosso destino técnico com os olhos fechados e o coração crente na possibilidade de manutenção dos sagrados individuais. Quero dizer que isso tudo deu muito errado e que não há nada de bom para vir. Queria contar que não se trata de um desastroso desvio ou de uma configuração passageira ainda que maldita da fortuna. Queria dizer que esse é o caminho, mas que também haverá alguma gargalhada nisso. Queria dizer que aprendi a ver nos oráculos ( que domino com alguma destreza e pelos quais não cobrarei jamais) o que já havia compreendido com os livros e o pensamento: a teimosa ingenuidade das "pessoas boas" não abala o desprezo e a surdez e a fatalidade das forças que nos atingem sem sequer notar. caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-18651120334280006312019-01-20T16:00:00.001+01:002019-01-20T16:00:52.433+01:00queria escrever um livro sobre a existência de um perecer. Ouvir não apenas a efervescente superfície. Escutar seu destino. Começar pelo avesso e dele, do fim de tudo, chegar ao existir. Porque assim as coisas são. E por isso mesmo, esse é um livro impossível de se escrever. caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-40091322019962919022019-01-17T18:25:00.001+01:002019-01-17T18:25:30.690+01:00Tenho violenta aptidão para o múltiplo simultâneo, identidade entre necessidade e liberdade, mãos ágeis e os pés-de-vento.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-46277095564186423722019-01-14T02:48:00.001+01:002019-01-14T02:48:28.247+01:00gritar é esmagar com a voz, berrar é um soco, dói mais e menos que um murro fatal.<br />
quem é capaz de juntar os cacos?<br />
ponto irreversível em que se diz ,com saudade, adeus.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-3781942064483517482019-01-10T16:16:00.003+01:002019-01-10T16:16:55.594+01:00vida humana desprovida de todo bem próprio, reduzida ao acaso, ao sabor dos humores daqueles que se servem desse esvaziamento; olhar que vê e não acusa, não reclama, apenas tenta compreender as brechas, sempre rudes e frias, ao contrário do que os ainda românticos gostam de pensar. Estar quieto, estar sóbrio, estar entregue ao cada vez mais precário e cada vez mais morto. Quem sobrevive o faz porque morreu primeiro.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-37490653271211488402018-12-17T14:44:00.002+01:002018-12-17T14:44:40.847+01:00Conheci uma mulher terrível. Canalha. Mentirosa. Enganadora. Lasciva. Pessoa da pior espécie.<br />
<br />
Ela tinha trÊs<br />
<br />
chances.<br />
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todo corpo sente<br />
o corpo do outro. o sofrimento do outro. a angústia da escolha. a dificuldade de decisão.<br />
<br />caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-72596212838858543652018-12-01T12:13:00.002+01:002018-12-01T12:13:58.013+01:00Escrevo aqui sempre menos e sempre demais. Não sei explicar. <br />
Porque escrevo aqui tampouco sei. Por que não paro?<br />
Talvez porque não importe. E porque não importa e não faz diferença, mantenho o espaço. Tentando firmemente escondê-lo e mantê-lo a salvo de qualquer importância.<br />
A mínima luz faz dissolver um vazio de sentido.caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6878823426662421336.post-75835013323114494672018-11-27T14:19:00.000+01:002018-11-27T14:19:27.081+01:00O contraste desejado não inclui a carne aberta pela lâmina. Nem todo o sangue derramado. Nem mesmo o sorriso esperto do trânsfuga, que nesse momento está longe, vendo e não mais.<br />
<br />caderno de notashttp://www.blogger.com/profile/10519071860586066879noreply@blogger.com