segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tem dias que está tudo em paz.
E

estava.


A gente permanece, mas.

Eu, inventada. Kafka de saias. de vestido. Mendigo e amante.
frágil, pequena, precária.
Nunca inocente.
Queimada, despida, trocada, copiada, destruída.
Sozinha.
Sempre estou triste a não ser gozando.
Depósito de sonhos.
pele e
cor(ação)

domingo, 17 de outubro de 2010

Como uma máscara que se derrama em finalidades incertas.
Meu eu emerge como se fosse.
é necessária uma abordagem mais aprofundada do como se para que se entenda esta minha aflição e delícia, de ser real sem existir, de não ter como todos uma personalidade.
Não é que em mim habite a amplitude rica e fecunda das possibilidades infinitas. Essa talvez seja minha fraude. Tudo é, antes pelo contrário, oriundo de uma precariedade sem estatuto próprio, reconhecível, entretanto, sob o signo do fingimento. Mas não se enganem, esse efeito de mim mesmo se não pode oferecer uma verdade tampouco é seu oposto.
Acho que é mais uma suspensão.

Dedicarei mais tempo a auto-análise da minha escorregadia falta de personalidade a partir de agora.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cinema. Impreterivelmente.

Entro no Espaço. sem rumo. " qual vai começar?" Depois,
vinte minutos...
um café, água com gás, mais um café.
Nada de pipoca ou doces. Muitos velhinhos e adolescentes.
Metáfora de estar sempre um pouco adiantada , um pouco atrasada.

Será que é bom? podia ser bom...se não for bom, podia ser rápido, mas melhor se fosse bom... sala vazia, excelente. Sim, começa.
Programa Casé, ótimo documentário. Passeio nas minhas idéias, arte, técnica, entreterimento, cultura pop.
Noel Rosa. Microfone. A rádio. Samba.Dorival. Tudo acaba por me levar onde parece que nunca consigo sair.

Volto.