quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Leio agora: de qualquer modo o mundo continua.

Sim, e sem você, sem mim. Sem os palhaços, sem o carnaval. Sem as fotografias bonitas das mesmas pessoas sempre.  Respiro fundo.

Agora todos, mesmo os lindos, querem meu voto. Vou vomitar.

Caminhei muito hoje. Quase cruzei a cidade a pé.

E não era em bando. Não tinha tambores. Porque vivemos perdidos na cidade. Vivemos sozinhos na cidade.
Lutamos apenas para não morrer.

O resto é como uma música de Django, que embala mas não promete nada.

O que continua?

Não há nada a esperar, somente o pior.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Pouca satisfação a vida oferece.
A maioria delas, em modo negativo: não ceder, não cair, não desanimar, não se quebrar.
Talvez por isso, a cada contemporâneo, a expressão em forma de "auto-ajuda" seja tão bem-vinda, tão aceita. Na dura conjugação entre possível e necessário, precisamos de apoios.
Mas, por que diabos a expressão desse meu contemporâneo tem que ser tão óbvia, tão esparramada por uma superfície, preenchendo todos os seus buracos, todos os seus vazios?

que é preciso cura, tenho certeza. Que ela não seja impossível, isso dói.