segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ilha amorfa e intratável. Pesada, podre. Infecunda. Doída.
Boiando incomunicável em sua solidão, insuficiência e inutilidade.
Transformando-se em algo,
Eu mesmo.

domingo, 29 de maio de 2016

um atropelamento que não mata, só deixa um cansaço, uma ressaca. Uma dor e uma preguiça, mas também uma falta de entendimento porque, no fundo, não se explica.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Dificilmente volto ao que escrevo aqui, mas me reconforta saber das letras guardadas. Então escrevo sobre hoje, para não esquecer que cruzei a cidade, Flamengo- Gávea- Centro- Flamengo, debaixo de chuva, um dia bizarro, normal, entristecido. Tudo igual, e tudo diferente. Assim é o evento histórico, assim é um golpe de estado. Esse foi assim, pelo menos.

domingo, 1 de maio de 2016

raízes frágeis demais para se aprofundar: o Bambu não é feliz. Não que a profundidade pudesse salvá-lo de tal destino. Todo rumo à superfície já está traçado pelas finas e ramificadas entranhas que o sustentam. O vento molda seu caráter; faz aparecer sua única força: a resistência, essa força nascida da negação. O bambu é um refém do conflito, mas sem ele não pode existir. Ele se curva à tudo, jamais se impõe. Todavia, estará lá.