quinta-feira, 29 de março de 2012

A palavra cala seduzindo. Beijo distante, olhar de soslaio. Sussurro ao pé do ouvido. Sorriso de meia boca, Quase, talvez... depois. Nunca mais. Sempre.

Adiar, dissipar, cortar.
Teto. Céu aberto, malas feitas.

Tudo evapora. E num como outro, o casaco que fica é a metáfora de que cada possibilidade que jamais se concretizará. O real é lacunar porque mergulha em cada possibilidade com a potência irrealizada de um suicida.

E Tudo é o  quarto vazio, o efêmero de uma tarde ensolarada. Outro, dia. Um dia qualquer.

domingo, 18 de março de 2012

Travessia.                                                        É primavera nos dois lados.


 O que deixo não é muito.Vejo já esvair. Tem qualquer amargo no partir, deixar, encerrar
 tudo em que , na irrealidade em que se realizou, existiu.
 Mas, existência inexistente - mãos incapazes de se (a)pegar.
PLENA INEFETIVIDADE.
No outro lado,
as linhas são outras.
Nem os olhos são os mesmos. O coração sim, sempre vazio.



Atravessar,
desejável e  abominável - O mesmo mergulho-  alívio, alegria, solidão.


sexta-feira, 9 de março de 2012

"Eu reinei no que nunca fui"
No regresso, houve um dia em que me lembrei de sua face, e de tudo. E resolvi que, voltando, seria antes de tudo distante. Na persistência da ausência, irrealização. Tudo sempre foi uma questão de expansão e de abandono.