domingo, 20 de janeiro de 2019

queria escrever um livro sobre a existência de um perecer. Ouvir não apenas a efervescente superfície. Escutar seu destino. Começar pelo avesso e dele, do fim de tudo, chegar ao existir. Porque assim as coisas são. E por isso mesmo, esse é um livro impossível de se escrever. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Tenho violenta aptidão para o múltiplo simultâneo, identidade entre necessidade e liberdade, mãos ágeis e os pés-de-vento.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

gritar é esmagar com a voz, berrar é um soco, dói mais e menos que um murro fatal.
quem é capaz de juntar os cacos?
ponto irreversível em que se diz ,com saudade, adeus.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

vida humana desprovida de todo bem próprio, reduzida ao acaso, ao sabor dos humores daqueles que se servem desse esvaziamento; olhar que vê e não acusa, não reclama, apenas tenta compreender as brechas, sempre rudes e frias, ao contrário do que os ainda românticos gostam de pensar. Estar quieto, estar sóbrio, estar entregue ao cada vez mais precário e cada vez mais morto. Quem sobrevive o faz porque morreu primeiro.