terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tem coisa que não se pede de volta.
Tem coisa que não se traduz.

Os inversos, os avessos, os bastardos.
os distópicos.
os que estão aquém.

Mas e então?

Aninha-te ou deixe-me.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

No fundo, do fundo, tudo é irrelevante à exceção de respirar e comer. Estar vivo ou morto é a única diferença relevante.

Contudo,
chegar até o fundo
até chegar o fundo
(reconhecer a irrelevância e a deriva
a absoluta falta de sentido de tudo que não seja o-que-mata  é um processo tão niilista que)
como exército que marcha cegamente
atrás de si deixa somente
terra arrasada.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cosmopolitismo dos pobres: acompanho pela internet o horário de funcionamento dos bancos de Nova York para saber se meus míseros mas imprescindíveis euros saíram do Brasil para chegar a Paris.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Teto branco e bruto que me colhe num jardim brando, na cidade que traga todas as luzes.

Onde há serenidade?
Tudo é banal e terrível.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O inalcançável que se metaforiza.

Estrela que vemos pequena.  A fresta que enxergamos enorme.

Para todos é como se eu reclamasse o tempo inteiro, mas se vissem a escuridão que tenho comigo, perceberiam quão positiva é minha postura para a vida.