terça-feira, 18 de março de 2014

Os homens não podem estar tranquilos,  não podem dormir. Não porque a inquietude seja bela ou fecunda, mas simplesmente porque não se escapa ao tétrico: ele está lá, nas cantigas de ninar, nos amores perfeitos, nas amizades eternas, nos ótimos empregos e nas famílias felizes. Ele também está na crítica pedagógica daqueles que insistem em dizer como seria melhor se do jeito que eles pensam ou sentem. E nas promessas. Nas alianças. Nos corredores das escolas. Nas poesias de meninas que deveriam ter ganho um piano ao nascer e em seus casamentos. Nas bochechas fofas dos filhinhos. Democrático, está nos corações que pensam ser possível, globalmente, escapar ao rancor e, igualmente, naqueles que querem que a força bruta seja o meio para a "outra coisa".
A decisão preparada pela angústia ao engajamento é a tristeza dos olhos da coruja de Minerva.