quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Estou na nova casa que já não é tao mais nova. Mas nova. 15 dias e algumas visitas. Ele, inominável. O gato. Eu. A escrita. Recriando, tijolo com tijolo, um novo silêncio. Um silêncio talvez menos injusto. Não que eu esteja corrigindo uma injustiça. Apenas estou escrevendo porque me foi dado escrever. Sobre o antes do querer.

Da minha janela sempre vejo duas casas amarelas. O gato se amarra.
A mesa é sem espaço. Livros, sempre menos do que deveriam, sempre ocupando mais espaço do que deveriam ocupar.

A luz natural da nova casa é obtusa, nunca acertada.
A nova casa é uma casa de temporada. Como sempre. Como a vida.


Tudo que existe - existe para acabar.