domingo, 21 de fevereiro de 2016

As águas que fecham o verão nunca deixaram de nos lavar do calor e cansaço dos três meses mais difíceis do ano - meses em que o vazio existencial se deixa substituir pelo suor que transborda, incessante. Mas, igualmente, e talvez como vingança, as águas fecham o verão apodrecidas por todo tipo de resultado esquizoide desse nosso tipo de habitar o mundo, chove e sobe o cheiro fétido da existência nessa cidade.