quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

vida humana desprovida de todo bem próprio, reduzida ao acaso, ao sabor dos humores daqueles que se servem desse esvaziamento; olhar que vê e não acusa, não reclama, apenas tenta compreender as brechas, sempre rudes e frias, ao contrário do que os ainda românticos gostam de pensar. Estar quieto, estar sóbrio, estar entregue ao cada vez mais precário e cada vez mais morto. Quem sobrevive o faz porque morreu primeiro.