sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Insisto em entardecer onde amanhece.
Nos olhos de gato cabem o alvo e a quina. Luz quebrada pelo movimento da água, balanço do verde que paira quase amarelo sob um azul pelo qual eu derramaria sangue. Mas na brancura ingênua de um inusitado cisne, tudo se converte em mais um gole de cerveja amarga, pesada, espessa. Um barco, um cigarro.
Quem nos protegerá da falta de acaso?
Começo de dia novo, imenso e fascinante. Noites nas quais o porquê será arremessado pela janela.
A lâmina corta como uma pincelada o céu que se abre ferida deserto espelho vazio luz. Mas já não há mais do que imagem, apalpa e encontra não a dor, mas outro corpo.
agora  o corpo descansa noutro cheiro.