terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Todos os dias, por um aperto que vinha de dentro, o nada ganhava uma feição nova. Mesmo que tudo se revire como espera e perda. Não era ainda tempo. A vida é antes do tempo, não importa o que os fenomenólogos digam. Manhã quente, de um verão que não é possível descrever, vendo as pedras dessa cidade, ouvindo Beatles, tomando café, esse nada tomava a forma de uma espécie de intuição de que essa coisa toda pode ser que realmente valha a pena.