quarta-feira, 26 de outubro de 2016

- você não consegue deixar de ser uma abstração vulgar. Como se pudesse ser somente escrita.  
- não é exatamente assim.  Dedico-me com radicalidade ao formalismo místico e a uma expressão tão plena quanto vazia daquilo que eu deveria ser. não há posição nem dialética, apenas uma ressonância que não impregna nada. Um zumbido, talvez. Ilimitado mas fora de qualquer razão.
- acontecem coisas que a gente não explica. um tombo, um beijo, o último aperto de mãos. O que importa é  algo que não acontece, e mais importante ainda é aquilo que quase aconteceu. Mas isso  justifica mesmo uma vida em fuga?